Detecção de Imagens

UFF - Visão Computacional e Processamento de Imagens

PGCC - Mestrado em Ciência da Computação

Leonardo Bruno Caheté Batista - Matrícula: M022100016

Profª Aura Conci

 

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Introdução

Antes de avaliarmos/analisarmos o comportamento de uma imagem e detectarmos informações válidas nela, precisamos previamente definir como nossa visão capta estas informações, de que forma estas imagens são formatadas e que técnicas podem ser utilizadas para auxiliar o processamento das mesmas.
Um dos problemas relativos ao estudo de como nós detectamos e processamos imagens visualmente está ligado ao fato de que todas as pessoas executam esta tarefa diversas vezes ao dia. Qualquer teoria ou modelo deve satisfazer nosso conhecimento intuitivo de como o processo funciona, um processo que funciona de forma eficaz e eficiente. O olho humano é sempre comparado a uma câmera e, em muitos casos, as similaridades são bem evidentes. Há, entretanto, uma grande diferença: o processo de visualização. Na câmera, as imagens são produzidas no filme através das mudanças fotoquímicas, enquanto que no olho humano as mudanças fotoquímicas provocam impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro. Assim, o cérebro interpreta estes impulsos como provenientes de objetos situados fora do corpo; sendo impossível perceber as imagens como se estivessem na retina. Até mesmo as imagens geradas pelo efeito pós-imagem são projetadas para fora do corpo (ainda que de olhos fechados).
As duas teorias sobre visão aceitas mundialmente surgiram na Grécia.  A teoria da Emanação propõe que o observador emite um espírito visual ou pneuma originário do cérebro,   passando  pelo nervo ótico e sendo emanado ao espaço como um cone de raios lineares. Este espírito visual então seria refletido de volta aos olhos do observador pelos objetos existentes no mundo. Um argumento a favor desta teoria era o fato de que os olhos dos gatos/cachorros brilhavam à noite "emanando luz" (na verdade este brilho era um reflexo da retina!). Já a teoria da Emissão afirma que a luz é composta de pequenas substâncias (átomos - réplicas exatas) provenientes de corpos luminosos ou iluminados.
Apesar da visão humana ser bem descrita num nível neuroanatômico, o processamento da informação realizado pela retina e pelo córtex visual do cérebro permanecem ainda hoje obscuros.

 

Processamento de Imagens

O processamento de imagens surgiu da teoria de processamento de sinais e se tornou uma das múltiplas facetas da teoria da informação. Uma imagem está para a representação ou descrição de um objeto, pessoa ou cena, trazendo informações através de distribuições de intensidade de luz. Sendo assim, a visão biológica é muito mais sensível à mudança de intensidade de luz do que à própria intensidade absoluta da luz em si.
Mas o que exatamente o olho humano extrai de informação ao contemplar uma cena ou imagem?   Qual é o objetivo da visão?
A visão nos permite realizar três tarefas básicas:
  1. Percepção do mundo;
  2. Concepção de uma estratégia para tomada de decisão;
  3. Execução de uma ação.
Enquanto esta visão é muito simples para nós humanos, foi provado por muitos especialistas que é muito complexo ensinar a um computador a funcionar com um sistema de visão (mesmo rudimentar). Uma causa disto é que até hoje não conseguimos explicar precisamente o processo da percepção. Não podemos recuperar todas as informações de uma cena apenas pela sua intensidade.  Esta intensidade é,  na verdade, resultado de uma combinação de fatores como a superfície de um objeto, fonte e direção de iluminação, luz ambiente, condição atmosférica, entre outros.
Em muitas aplicações de detecção de imagens, a a cena/imagem a ser processada é essencialmente bi-dimensional, como nos casos de processamento de documentos, reconhecimento de caracteres, inspeção de superfície e sensoramento remoto. Um objeto consiste de padrões ("features") e relacionamentos.
Um dos processos mais importantes de detecção de partes constituintes de uma imagem é chamado de Segmentação, e utiliza conceitos de casamento de padrões e técnicas de correlação or convolução para detectar bordas, cantos, buracos e texturas. O processo de segmentação tenta distinguir "backgrounds" e objetos através da detecção de regiões "homogêneas" da cena/imagem observada, gerando dados simbólicos provenientes de dados icônicos. Já o processo de Reconhecimento tenta achar algum relacionamento entre estes dados simbólicos gerados.

 

Aplicações <


Abaixo estão alguns link relacionados a áreas que utilizam na prática as técnicas de processamento e detecção de imagens. O objetivo deste trabalho é oferecer um visão global de como o processamento de imagens pode ser utilizado no cotidiano da humanidade, facilitando em muitos pontos a tomada de certas decisões (de forma automatizada).

 

Medicina

Análise Automatizada de Mamografias

Análise do Movimento da Parede do Ventrículo Esquerdo Usando Modelo de Contorno Ativo em Imagens Ecocardiográficas com Color Kinesis

Análise Seminal

Auxílio ao Diagnóstico de Câncer de Mama

Classificação de Cromossomos Humanos

Detecção Automatizada de Câncer de Mama

Processamento de Imagens Médicas

Pulmões - Redução de Procedimentos Invasivos

Reconhecimento de Faces

Seleção de Lentes de Óculos e de Contato

SEGIME - Grupo de Segmentação de Imagens Médicas

 

Odontologia

Imagiologia Odontológica

 

Radar / Satélite

Análise de Textura em Imagens de Radar

CPTEC - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos

Estudo e Detecção em Tempo Real da Variabilidade Estelar

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Monitoramento por Satélite

Processamento de Imagem de Radar

Radar Meteorológico

SAPRI - Sistema de Aquisição, Processamento e Reconhecimento de Imagens

Temperatura da Superfície do Mar

 

Indústria Têxtil

Investigação para Detecção Automática de Falhas Têxteis

Wavelets em Análise de Textura

 

Diversos

Classificação Automática de Objetos

Análise Cinemática Tridimensional de Movimentos Humanos

Detecção de Máculas em Micrografias

Query Multi-Resolução por Conteúdo de Imagem

Reconhecimento de Escrita

Reconhecimento de Objetos Sólidos Poliédricos

Sistema de Inspeção Automática de Placas de Circuito Impresso

 

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Bibliografia

         &nbbsp;    
         &nbbsp;                                 The Perception of Visual Information  (Second Edition)
        &nbssp;                           Hendee, William R.; Wells, Peter N. T.
        &nbssp;                           Hendee Wells Editors (Springer)
        &nbssp;                      Digital Image Processing  (Pratical applications of parallel processing techniques)
        &nbssp;                           Hussain, Zahid
        &nbssp;                           Elis Horwood Limited
        &nbssp;                       The Computer Image
        &nbssp;                           Watt, Alan; Policarpo, Fabio
        &nbssp;                           Addison-Wesley

 

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Última Atualização: 06/04/1999 21:42:48